A escassez de terrenos e a valorização contínua: por que a oferta limitada sustenta preços elevados

Sherse Faxyria
By Sherse Faxyria
A escassez de terrenos sustenta a valorização contínua dos imóveis, destaca Alex Nabuco dos Santos.

Conforme informa Alex Nabuco dos Santos, a escassez de terrenos e a valorização contínua tornaram-se fatores centrais para compreender a dinâmica do mercado imobiliário nas grandes cidades brasileiras. Logo nas primeiras análises do setor, observa-se que regiões consolidadas, com infraestrutura completa e alta demanda, passaram a apresentar uma valorização menos sujeita a oscilações cíclicas. Quando o espaço urbano atinge um grau elevado de ocupação, o imóvel passa a funcionar como ativo escasso.

Nesse contexto, a valorização contínua não decorre apenas de momentos favoráveis da economia, mas de uma lógica estrutural. A limitação física de terrenos cria um ambiente em que a reposição de estoque se torna cada vez mais cara e complexa. Leia mais e entenda:

A escassez de terrenos e a valorização contínua nas cidades consolidadas

A escassez de terrenos se manifesta com maior intensidade em bairros já plenamente desenvolvidos, onde a expansão horizontal é praticamente inexistente. Nessas áreas, novos empreendimentos dependem da aquisição de lotes raros ou da substituição de edificações antigas, o que eleva significativamente o custo do projeto desde a sua origem. De acordo com Alex Nabuco dos Santos, esse encarecimento inicial acaba sendo incorporado ao preço final dos imóveis, criando um piso de valor que dificilmente retrocede.

Ademais, a consolidação urbana traz consigo benefícios que reforçam a valorização contínua. Mobilidade eficiente, acesso a serviços, comércio estruturado e percepção de segurança aumentam o apelo dessas regiões. O comprador entende que não existem muitas alternativas equivalentes e, por isso, aceita pagar mais por localização e qualidade de vida. Como resultado, a oferta limitada sustenta preços elevados e reduz a pressão por descontos, criando um mercado mais estável e previsível ao longo do tempo.

Efeito do custo de reposição

Outro aspecto decisivo para entender a escassez de terrenos e a valorização contínua está no custo de reposição dos imóveis. Sempre que construir um novo empreendimento se torna mais caro, os imóveis já existentes passam a valer mais, pois não há como substituí-los por opções equivalentes a preços menores. Como alude Alex Nabuco dos Santos, esse efeito é ainda mais visível em regiões onde o valor do terreno representa parcela significativa do preço final, especialmente no segmento de médio e alto padrão.

Alex Nabuco dos Santos observa que oferta limitada é um dos pilares dos preços elevados no mercado imobiliário.
Alex Nabuco dos Santos observa que oferta limitada é um dos pilares dos preços elevados no mercado imobiliário.

Esse fenômeno gera o chamado “efeito raridade”, no qual cada novo lançamento funciona como referência de preço para todo o entorno. Se o novo projeto chega ao mercado com valores mais altos, os imóveis vizinhos automaticamente se reprecificam. Assim, mesmo unidades mais antigas, desde que bem localizadas e conservadas, acompanham o movimento de valorização. A oferta restrita, combinada ao aumento constante dos custos de desenvolvimento, cria um ciclo virtuoso para quem já detém ativos nessas regiões.

Estratégia patrimonial

Do ponto de vista estratégico, a escassez de terrenos e a valorização contínua oferecem um cenário favorável para investidores que buscam proteção patrimonial e previsibilidade. Segundo Alex Nabuco dos Santos, investir em áreas com oferta limitada reduz o risco de desvalorização abrupta, pois a concorrência futura é naturalmente restrita. No entanto, isso não elimina a necessidade de critérios rigorosos na escolha do imóvel, já que micro-localização e gestão condominial continuam sendo determinantes.

Além disso, a valorização contínua tende a se manifestar de forma mais consistente no longo prazo, favorecendo estratégias que combinem renda de aluguel e preservação de capital. Em regiões escassas, a vacância costuma ser menor e a liquidez, maior, o que permite ao investidor atravessar diferentes ciclos econômicos com mais segurança. Quando bem planejado, esse tipo de investimento transforma a limitação da oferta em vantagem competitiva clara dentro do portfólio imobiliário.

Em síntese, a escassez de terrenos e a valorização contínua explicam por que determinadas regiões conseguem sustentar preços elevados por longos períodos. A limitação física, o alto custo de reposição e a demanda constante formam uma base sólida para a preservação do valor imobiliário. Como ressalta Alex Nabuco dos Santos, compreender essa lógica é essencial para quem deseja investir com inteligência, evitando decisões baseadas apenas em movimentos de curto prazo.

Autor: Sherse Faxyria

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